quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Ego... Muito cuidado!


Ego significa o "eu" de cada um, é o defensor da personalidade. Ē um termo muito utilizado na psicanálise e na filosofia. A principal função do ego é procurar harmonizar os desejos e a realidade, e posteriormente, entre esses e as exigências; os valores da sociedade.

Mente é o "estado" da consciencia ou subconsciencia, que possibilita a expressão da natureza humana. 'Mente' é um conceito bastante utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano relacionadas a cogniçao e comportamento.

Por isso, cuidado ao alimentar seu ego com valores distorcidos. 

Ele esta intimamente ligado à sua mente, à sua consciencia e ao seu comportamento.

Asè!

terça-feira, 29 de agosto de 2017

O Segredo do Màrìwò.

O Màrìwò (Igi Òpè) é a folha do Dendezeiro que para o Candomblé e uma planta sagrada.
O Màrìwò é encontrado nas portas e nas janelas do terreiro para proteção e para identificar como espaço sagrado é assim Ogum não atacara na sua Ira e também no assentamento e nas vestes do orixá Ogún e de Oyá Igbalé.
Segundo a mitologia do candomblé, a função do Màrìwò é proteger e espantar as energias negativas de espíritos perturbadores, tendo também esta função, a Orixá Oyá Igbalé (mais conhecida como Yansã do Balé), a divindade que preside sobre os Eguns, carrega-o também sobre as suas vestes.
É importante lembrarmos que o Màrìwò protege contra a entrada de eguns nas casas de Axé.
O Màrìwò deve ser colido pela manhã por homens de preferencia o Assogun da casa, tem que ser retirado com um facão do assentamento do Ogum do portão depois de pedir Agô a Ossain o sr. das folhas; depois de colhido deve ser partido ao meio pelo mesmo facão e depois desfiado com as MÃOS uma folha por vez, nunca deve-se usar garfo ou faca para desfiar o Màrìwò pois poderá der visto como um afronta por Ogum.
O Mariwo está ligado a Ogun assim como Ogun está ligado ao culto das árvores. Entretanto a árvore do qual se extrai o mariwo, o dendezeiro (Elaeis guineensis) pertence aos orixás da Criação, chamados Funfun, pois a cor branca é uma de suas principais insígnias. O Igi òpè, nome iorubano do dendezeiro, é uma árvore primordial. Já existia quando Obatalá e Oduduwa iniciaram a missão de criar o Aye (Terra), na verdade o igi òpè guarda consigo a essência desses orixás. Por isso era vetado a Obatalá beber do seu sumo, pois estaria bebendo o próprio sangue.
Ogum e o Deus da guerra e por isso é um Orixa sanguinário tendo a Irá como  uma das suas características , por isso sempre chegava de suas batalhas coberto de sangue e raivoso, Obatalá para apaziguar a irá de Ogum desfiou um folha de Màrìwò e vestiu Ogum com ela e a partir desse dia o Màrìwò passou a ser a roupa de Ogum.

Existe um ditado que diz:

“Ògbèri nko mo màrìwò”. Ou seja, aquele que não é iniciado nunca saberá o mistério do mariwo. Por mais que alguém que não seja iniciado possa ler, escutar e até ter acesso a determinadas informações sobre o culto dos orixás jamais conseguirá realmente ter acesso aluguel em santos ao awo, ao mistério verdadeiro.
Cantamos para essa folha: 

Biribiri bí ti màrìwò Jé Òsányìn wálè màrìwò
Biribiri bí ti màrìwò
Ba wá t’órò wa şe màrìwò.

“Na escuridão. Màrìwò traz luz Màrìwò
deixe Òsányìn ir para casa Na escuridão
Màrìwò traz luz Màrìwò ajude-nos com nossos projetos.”

Cantigas:
E mònriwò l’aso e mònriwò
E mònriwò l’aso e mònriwò.

“Ogún usa roupas feitas de mariwò”.
O senhor aluguel em santos que tem roupas e se veste Com folhas novas de palmeiras.
Essa é a roupa de Ogun.”
Outra cantiga nos adverte que Ogun é muito violento e que pode ser muito perigoso encontra-lo no caminho:

Ògún àjò e mònriwò, alákòró àjò e mònriwò
Ògún pa lè pa lóònòn ògún àjò e mònriwò
Elé ki fí èjè wè.

“Ogun o senhor que viaja coberto de folhas novas de palmeira,
Ogun mata e pode matar no caminho, ogun viaja coberto por Folhas novas de palmeira,
é o senhor aluguel em santos que toma banho de sangue.” 

Na seguinte cantiga observamos que o mariwo também serve para que Ogun afaste as coisas ruins, como as guerras, confusões e negatividades (eguns), e nos traga a tranquilidade dos caminhos abertos:

Ògún ní kòtò gbálé mònriwò, àwúre
Ògún ní kòtò gbálé mònriwò, àwúre.

“Ogun é o senhor da arena (briga) que varre a casa com folhas novas de palmeira, nos dê boa sorte.”

domingo, 27 de agosto de 2017

O Poder do Compromisso no Candomblé.

Há muito tempo venho observado um problema comum no Candomblé, que é quanto ao compromisso, muita gente se inicia na religião com muito fervor e empolgação e em meses perdem o interesse e gosto pela casa de asé, porque isso acontece? Que fé é essa que desaparece ao primeiro obstáculo?

Primeiramente devemos observar o motivo que levou esse filho até o Candomblé, será que ele se iniciou para resolver um problema pontual ou para carregar a religião para toda sua vida? Levando em consideração que seja para resolver apenas uma situação, ele com certeza terá uma crise já no primeiro ano de iniciado, pois com o passar do tempo, verá que o Orisá é muito mais que um “resolvedor de problemas”, ele é um pai, um amigo, o nosso intermediador perante a Olorun e se algo está errado em nossas vidas, ele vai corrigir de dentro para fora, vai transformar e isso nem sempre vai ser fácil.

Para aqueles que se iniciaram por amor, cumpram bem seu preceito, faça tudo o que foi recomendado, pois todo seu sacrifício será recompensado em asé. Aquele que louva o Orisá com dedicação, pode em qualquer momento da vida, colocar a cabeça no chão e pedir a intervenção divina e certamente será ouvido. Não vá a sua casa de santo para buscar fofocas e confusões, viva o asé e não o ajé, não alimente o negativo, pois é isso que pode atrapalha sua vida e coloca obstáculos desnecessários na sua estrada, além de perder o respeito e atenção do seu bàbálorisá, lembre-se que ninguém vai querer ajudar quem não quer ser ajudado ou pessoas sem compromisso.

Não seja mais um na casa de axé!

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ewê ewê asá!

Ossaniyn, Ossaim, Ossãe, Ossain, como se escreve habitualmente, é o Òrísá das ervas. No candomblé Jejé é chamado de Agué é o Vodun da caça e das florestas e conhece os segredos das folhas. No candomblé Bantu é chamado de Katende, Senhor das insabas (folhas).
Comanda as folhas medicinais e litúrgicas, chamadas de folha sagrada, que são utilizadas numa mistura especial chamada de abo. Muitas vezes, é representado com uma única perna. Cada orixá tem a sua folha, mas só Ossaim detém seus segredos. E sem as folhas e seus segredos não há asè, portanto sem ela nenhuma cerimônia é possível.

Que o poder e a magia de Papai Ossain recaia sobre nós, em forma de bençaos e realizaçoes!

Ewê ewê asá!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Átòtò!

A Família Omífáláyò, na Presença de nosso Líder Religioso, Rafael Cirne, L'Òmín T'Òsún, tem a honra de convidar você e sua família, para participar da reza de Òbálùaíyè, que acontecerá às 17 horas deste sábado, 26/08.

Okê arô! Arolé!


Oxóssi é o orisa da fartura, do sustento, é quem provê o alimento. É a ligeireza, a astúcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para faturar sua caça. É um orisa de contemplação, amante das artes e das coisas belas.
É o caçador de asè, aquele que busca as coisas boas para um Ilé, que caça as boas influências e as energias positivas.
Na África antiga, Oxóssi era considerado o guardião dos caçadores, pois cabia a eles trazer o sustento para a tribo. Hoje, Oxóssi é quem protege aquelas pessoas que saem todos os dias para o trabalho, para trazer o sustento.
Oxóssi também está ligado às artes. Ele está presente no ato da pintura de um quadro; na confecção de uma escultura; na composição de uma música; nos passos de uma dança; nas misturas de cores; na escrita de um poema, de um romance de uma crônica. Está na arte em um modo geral, desde o canto dos pássaros, da cigarra, ao conto do homem. A arte pura!
Oxóssi também rege o revoar dos pássaros, a evolução das pequenas aves. Oxóssi é a vontade de cantar, de escrever, de pintar, de esculpir, de danar, de plantar, de colher, de caçar, de viver com dinamismo e otimismo. Oxóssi é a divindade da cultura, passando para seus filhos grandes talentos artísticos, seja no canto, na criação de livros, pinturas etc.
Curiosamente, Oxóssi também é a comodidade, a vontade de admirar, de contemplar. Oxóssi é um pouco de preguiça, a vontade de nada fazer além de pensar e, quem sabe, criar. Em seu lado negativo, pode estar presente também na falta de alimento; no pouco plantio; no apodrecimento de frutas, legumes e verduras; e até mesmo na arte mal acabada, inacabada ou de mau gosto.
O elemento de Oxóssi é a terra e a liberdade de expressão, a liberdade para viver da maneira que somos.

Okê arô! Arolê!

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Ekedji, Ajoie ou Makota.

"Ekedji, Ajoie e Makota nomes dados de acordo com a nação do candomblé, é um cargo feminino de grande valor, escolhida e confirmada ou feita pelo ou para o orisa ou a casa.

Na Casa Branca do Engenho Velho são chamadas de "ekedjis". No Terreiro do Gantois sao chamadas de "iyárobá" e nos Terreiros de Angola do candomblé Bantu sao chamadas de "makota de angúzo". Ekedji é nome de origem Jeje, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de candomblé do Brasil.

Dentre os cargos femininos na hierarquia do candomblé no Brasil, o mais conhecido é o da Ekedji. Assim como os Ogans, elas não são "possuídas" por seu orisa de cabeça, ou seja, não entram em transe, pois necessitam estar acordadas para atender as necessidades dos orisas, voduns ou inkices, para os quais foram devidamente preparadas para servir.
A ekedji na maioria das casas também é chamada de "mãe". Exerce a função de "dama de honra" do orisa regente da casa. É dela a função de zelar, acompanhar, dançar, cuidar das roupas e apetrechos do orisa da casa, além dos demais orisas, dos filhos e até mesmo dos visitantes. É uma espécie de “camareira” que atua sempre ao lado do orisa e que também cuida dos objectos pessoais do babalorixá ou iyalorixá. O cargo de ekedji é muito importante, pois será ela a condutora dos orisas incorporados no egbê, barracão ou salao de festas. Também é dela a responsabilidade de recolhê-los e “acorda-los”, observando as condições físicas daqueles que “acordaram”.

A ekedji exerce um papel extremamente delicado e importante. Para exerce-lo é preciso, sobretudo, doaçao e muito amor."

Obrigado(a) a todas as ekedjis pelo desprendimento, carinho e fé!

domingo, 20 de agosto de 2017

Rei Justo!


Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, tendo Yemanjá como mãe e três divindades como esposas: Òyá, Òsún e Yobá.
Xangô orixá dos raios, trovões, grandes cargas elétricas e do fogo. É viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de Xangô. Xangô é o orixá do Poder. Ele é a representação máxima do poder de Òlórún.

Que a Justiça de Xangô se faça sempre presente em nossas vidas!

Obá Káò! Kábíèsílè!

Asè!

“Eu cheguei vestido de Rei, quem me chamou?”


Papai Odè me permitiu sentir o amor imensurável do Orisà usando a minha fé. 
Amor de Òrísá é imenso, mágico, renovador, capaz de proteger, perdoar, libertar, transformar… 
Amor de Òrísá me permitiu renascer, gerar, criar, ensinar, educar e sobretudo, aprender.
Amor de Òrísá é que me orienta, que me protege, que me torna melhor hoje do que fui um dia.
Opaoka, a Mãe do meu Pai Caçador, minhas folhas caem para que outras nasçam... mas minhas raízes continuam bem firmes. Firmes em minha fé.

sábado, 19 de agosto de 2017

Odoyà! Eru Yà!


Yemanjá… A divindade africana mais democrática, popular e louvada no Brasil. Por que? Porque Ela é Mãe. 

Ela é Mãe dos que tem fé, dos que amam, dos que erram e dos que perdoam sinceramente. 

Yemanjá é fascinada pelos seus filhos. Os ama com todos os defeitos e os conhece como ninguém mais. 

Seu reino, o mar, é sempre procurado pelos que buscam paz. 

Yemanjá é Mãe de Oxóssi e minha também. Yemanjá, Mãe dos peixes. Sim, eu sou Seu peixe também. 

Muito obrigado Mãe, pelo seu amor! 

Muito obrigado Mãe, pelas bençãos, pela pesca de cada dia, pelo Ori dara, pelo conhecimento, pela sabedoria, por enlouquecer quem deseja e faz o mal a mim e aos meus, por me permitir hoje dissernir o joio do trigo. 

Muito obrigado Mãe, pelos filhos que tenho . Proteja-os quando eu não puder, ilumine seus caminhos e cubra-os com o seu fabuloso amor! 

Ajude-me a ser sempre merecedor da Sua companhia! 

Odoyà! Eru Yà!

Asè!

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

O Poder das Velas.

A vela é o mais simples e mais poderoso instrumento de fé. 
Ela é conhecida desde a antiguidade em cultos religiosos e de passagem. Por si só, a vela engloba os 4 elementos: a terra, o ar, o fogo e a água. A vela, numa expressão individualizada, consagra todas essas forças num propósito único: iluminar.
O ato de acender uma vela é uma forma de levar o seu pedido, iluminado, até o plano etéreo. A vela é a mensageira de nossos desejos e continua por nós a nossa vigília. Busca sempre uma ascensão vertical e o desejo de transformação.
A chama é só e deseja permanecer solitária, sugerindo uma ideia de unicidade, de luz pessoal. Mesmo quando perturbada pelo vento, seu vigor diminui mas se reergue. Na chama, em seu ardor, visualisamos a força extraordinária do bem, o poder (des)construtivo e transformador da fé e a união entre Deus e nossa alma.
A vela ela está presente na alegria e na dor, na fé, na devoção e até na cura. É companheira de todas horas.
Culturalmente, figura nas comemorações de aniversário e nas preces e orações a Deus. 
Dentro das expressões espirituais e religiosas de todo o mundo, as velas sempre foram utilizadas na maior parte dos ritos em que se precisa realizar algum contato com forças superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo do desejo de quem vai se utilizar das forças ocultas.
Outra expressão de seu simbolismo aparece quando utilizada nos enterros, aos pés do defunto, representando a "luz da alma", a "chama espiritual", ou mesmo a perenidade da vida e a claridade do paraíso.

Uma sexta-feira de muita luz!

Especialmente nessa sexta, que a Paz e a Misericórdia de Oxalá estejam conosco!
Asè!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A importância da água para o candomblé.


Sabemos que a água é um elemento importante para a perpetuação de qualquer espécie. Da água surge a Vida; desde o início dos tempos, onde a ciência explica o aparecimento de seres vivos em poças de água morna até o líquido aminiótico que nos envolve ainda no útero materno.

Em diversas religiões em todo o mundo, a água é de fundamental importância, como por exemplo, no batismo dos cristãos.

Para as religiões afro, a água é um elemento essencial em qualquer ritual. Ainda durante a preparação, usamos a água para a limpeza das roupas, utensílios e dos ambientes; preparamos os alimentos, os banhos.

Águas salgadas ou doces de rios, minas, cachoeiras ou de chuvas tem utilidades diferentes e poderão ainda concentrar vibrações positivas ou negativas.

As águas das quartinhas significam Energia Vital. Utilizamos água também junto do jogo de búzios, quando acendemos velas para Orisás, Ori e em todas as obrigações e agrados.

Águas são utilizadas ainda em banhos de purificação e energização. Junto de folhas, ervas, essências, especiarias, águas de cozimento e outros elementos tornam-se banhos poderosos.

Despejar água na terra simboliza a fecundação e a restituição dos elementos da qual ela se alimenta; e por consequência, a terra, fértil, nos devolve em forma de frutos e bençãos.

Quando despachamos a porta, utilizamos água. Dentre nossos objetivos, pretendemos acalmar Esù e lavar o mal da nossa porta, fazendo da água o nosso escudo.

A água é um elemento ligado ao feminino. Òsúm é a divindade do rio que recebe o mesmo nome na Nigéria. Nanã está ligada à terra, à lama e também às águas. Oyá, divindade dos ventos, é também ligada às tempestades e na Nigéria, reina no rio chamado de Odò Oyá. Yemanjá, em terras yorubás reina nos rios Yemonjá e Ogum; no Brasil tornou-se a divindade africana mais popular por proteger a pesca e os pescadores. Sua saudação "Odo Iyá" significa "Mãe dos Rios".

O ritual das Águas de Oxalá marca o início do ano litúrgico yorubá. Representa o fim e o começo e é um dos rituais mais respeitados e significativos para as nações Ketu e Nagô.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Sàngó e Yànsàn, uma única alma em corpos distintos.

É muito comum vermos nas obrigações de Sàngó, a presença imponente da rainha dos ventos, Yánsàn. Em Salvador, é muito comum ouvir os antigos membros do Candomblé, falarem que Sàngó e Yánsàn são uma única alma, por que isso?

Sàngó, almejava ser muito poderoso e respeitado, para tanto, resolveu consultar um Sacerdote, afim de saber o que o grande Deus da adivinhação lhe recomendaria. O Sacerdote disse à Sàngó, que... o mesmo deveria realizar um sacrifício, de modo que o mesmo conseguisse seus objetivos.

Após a realização da oferenda, Sàngó passou a falar com uma voz de trovão, bem como, começou a lançar da boca, grandes labaredas que incendiava onde fosse de sua vontade (Obá Onínálénu... - "O Rei que solta fogo pela boca..."). Esses poderes fizeram com que Sàngó fosse respeitado por todos, sendo chamado de Erujeje (o temido).

Yánsàn, ante ao poder de seu marido, interpelou o Deus da Adivinhação, à busca de tornar-se tão poderosa como Sàngó. O Deus da Adivinhação, por sua vez, aconselhou à Yánsàn, o mesmo sacrifício outrora indicado à Sàngó. Assim Yánsàn fez, adquirido os mesmos poderes.

O grande rei de Òyó, foi tomado por uma grande cólera ao descobrir que sua esposa havia adquirido poderes semelhantes aos seus, iniciando uma grande disputa entre as duas Divindades. Yánsàn recorreu à Olódùnmarè, para que ele, o grande pai da criação, desse fim ao impasse. Olódùnmarè determinou que a partir daquele dia, a voz de Sàngó soaria como o trovão e que provocaria incêndios onde ele bem entendesse, mas para que isto pudesse acontecer, seria necessário que Yánsàn, falasse primeiro, para que o fogo de suas palavras (o brilho dos raios - "Imana") provocassem o surgimento do som das palavras de Sàngó (o trovão), assim como o fogo que elas produzem sobre a terra (os incêndios provocados pelos raios que se projetam sobre a terra).

É por este motivo, até hoje, não se pode ouvir o estrondo do trovão sem que antes, um raio ilumine o céu. Quando isso ocorre, os membros do Candomblé, tem por costume, saudar Yánsàn e Sàngó (Epa Hey, Kawoooo).

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Àiyrá - Òrìsá da Justiça, ligado ao Branco (Funfun) e parte da família do Òbá Sangó.


Àiyrá quem é essa Dinvidade???

Segundos algumas Tradições mais velhas dentro da  nossa Religião Yòrùbá, Àiyrà é uma Divindade ligada ao Fogo, aos Trovões, Ventos e ao Barulho da Chuva que soa como um Tambor, ligado a Familia de Sàngó entre as Dinastias  Ìfé e Òyó, é um grande Guerreiro cheio de Fundamentos.

Àìyrá pertence a Família do Òbá Sàngó, sendo seu General de Confiança tendo o Título de Òbá Kàkànfó..., sendo assim seu Braço direito em suas Batalhas por conquistas de Terras e etc !!!. 

É um Òrìsá que também possui uma Forte Ligação ao Branco ( Funfun ), devido as suas Ligações com Òsàla, devido aos Itans que nos mostram que após Òsàlá - Òlùfón no caso, ter ficado 7 anos preso injustamente em um calabouço no reino do Òbá Sàngó, por ter sido acusado de roubo de um de seus cavalos que o Rei tinha como Criação e apreciava muito os mesmos. Após o Mal - entendido, ocorrido no Reino de Sàngó, o mesmo manda Libertar o Prisioneiro Injustiçado, e logo o reconhecendo que aquele Velho que estava diante de si era Òsàlá, o Òbá ( Rei ) se ajoelha aos seus Pés pedindo perdão pelo ocorrido, Sàngó decidiu lhe dar uma Festa em Homenagem ao Grande Òrìsá, lhe dando Roupas Brancas limpas, Muita Àgua para saciar sua Sede e  fazendo que o Povo de seu Reino se vesti-se todo de branco e que celebra-se aquele Gradioso Òrìsá com muita Fartura e Glorias.

Após o término da Confraternização, Sàngó, pediu navamente Desculpas a Òsàlá pelo acidente, ele pede a seu ministro de confiança Àìyrá que lhe acompanhe-se, pois o mesmo estava a Resolver assuntos de seu Reino. Feito isso Àìyrá a mando de Sàngó, acompanha o Grande Òrìsá em sua jornada de Volta a sua Terra, carregando-o em suas Costas em sua Viagem, e ao longo da mesma eles param, conversam, Trocam Histórias  de seu Povo, Àìyrá conta-lhe a História de seu Povo no Reino de Òyó, sobre seus Costumes e tudo mais, e Òsàla passa a gostar de seu amigo e companheiro de Viagem formando assim uma Grande Amizade entre os Dois. 

OBS: Nessa Passagem o Àìyrá que carrega Òlùfón nas costas é a Qualidade Àìyrá Ìntìlé.

Sendo assim Àìyrá Decidiu se Vestir de Branco em Homenagem ao Grande Òrìsá devido aos seus Laços de Amizade tornando-se assim o seu Ministro Direto.

Também há outras Passagens de Àìyrá ao lado de Òsàla no caso Ògìyón, devido a ele aprender as artes Bélicas e andarem juntos devidos a Fundamentos e lutarem lado a lado juntamente com Ògún'Já e Jàgún, formando um Exército Fùnfùn !!!

Temos 4 caminhos desse Òrìsá, que chamamos de Qualidades cada um com seus Itans ( História ), Fundamentos ambos com Òsàlá tanto para Ògìyán e Òlùfón como é o tradiçional também sendo eles : Àìyrá Ìntìle, Àìyrá Mòdé, Àiyrá Ìgbònàn e Àìyrá Òsí..

Àiyrá não é um Òrìsá Rei como alguns afirmam, porque ele não foi um Òbá em Òyó e sim um Servo  de confiança do Rei  que na verdade é Sàngó, sendo assim como Descrito antes um MInistro de sua confiança o General de seus Excércitos..

Àìyrá como alguns afirmam é um Òrìsá Ancestral, ou seja vem muito antes do Culto a Sàngó, devido a sua Ligação ao Branco e ser devido Legitimamente vim a ser o Verdadeiro Dono do Fogo ( Inàn ) por Excelencia. e Dono da Famosa Fogueira simbolizando a suas Origens, a Sua Dinastia e celebrando a Vida porque o Fogo é a Vida.

Sua comida votiva é o Àmàlá - Comida com Quiabos como a de Sàngó e toda a sua Familia, só que cortados em Lascas, devido ao Diferenciado...

Suas contas são as Brancas rajadas de Vermelhas.

Simbolo - Òsé ( Machado de uma Lâmina), prateadas de preferência devido a sua ligação com Òsàlá, e a Chave que indica a abertura de Todas as Portas de caminhos.

Qualidades:

Airá Intilè: Veste branco/Vermelho, aquele que carrega Òlùfón nas costas.

Airá Igbonam: É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.

Airá Modé: É o eterno companheiro de Òsògìyón, Senhor das Águas Mornas, só veste branco e não come dendê (só um pingo) sua conta leva seguí.

Airá Adjaosí: Velho guerreiro, veste branco, ligado a Yemanjá e Òsàlá. 

Espero ter ajudado Vocês nesse Conteudo que faz a Diferençia dentro de nossos Cultos Tradiçionais, mostrando todo nossos conteúdo com Humildade, Sabedoria, e competência... Ásè Ìrè òòò !!!


Sou do Candomblé e o candomblé é em mim.


Quem é de asé não pode ter vergonha das idumentárias, das contas, não pode ter vergonha em canto nenhum, tem que ser verdadeiro, tem que se orgulhar de seu asé.

Somos Ilè Asé Iyá Omífáláyò!

Meu compromisso...

Meu compromisso é com a fé inabalável, é com Olorum, Orumilá, Oduduà e todos os Orixás, e por consequência da humildade dentro e fora do asé.

Somos Ilè Asé Iyá Omífáláyò!

Mensagem para o dia dos pais!

Neste mundo de tantas dificuldades, encontrar pessoas dignas de respeito é algo quase impossível. Mas essa luz brilhou em meu caminho. Eu que ainda busco exemplos encontrei vocês, meu pai sanguíneo, José Roberto de Souza Santana (In Memoriam), meu Zelador, José Robson de Souza Santana, que deu-me vida e luz, pois sou quem sou hoje pelo grande exemplo, a meus amores, Òbá Sángò e Òbá Òdé, e a todos os Òrísás Ábòròs, a Òlú Àiyè, meu pai criador, a Bábá Òssàín pois sem ele meu Orí não teria forças e a meu pai, Ogan, tio, Carlinhos que sempre me acolheu.

Descobri também que ser pai ou mãe, não é simplesmente fecundar alguém, mas principalmente participar da vida de quem se ama. Por isso, vejo em vocês um grande exemplo de pai, que não "precisou me gerar" para me amar tanto. Que diariamente me inspiram a ser um ser humano melhor e mais generoso. Através dos exemplos de cada um tenho entendido que vale a pena ser uma pessoa honesta e que a dignidade é um dom, uma dádiva concedida àqueles que a buscam.

Vocês são e é a fonte de minhas respostas para as grandes dúvidas que eu tinha. A luz para a minha vida, para o meu caminho, pois eu os elegi meus simplesmente pai.

E não poderia esquecer, de Bábá Èsú, e aos Ogans da Família Ilè Asé Iyá Omífáláyò

Feliz Dia dos Pais!

Porque Jogamos Água à Rua?

Porque Jogamos Água à Rua?

A misteriosa Religião dos Òrìsàs é norteada de costumes e dogmas, um deles é aquilo que chamamos de “despachar a rua”, que condiz em jogar três punhados de água, antes de entrar ou sair de casa. Mas porque fazemos isso? Primeiramente é importante recordarmos da importância da água na nossa cultura. No Candomblé não se faz nada sem água, ela que umidifica, resfria e fertiliza. Nós mesmos, antes de nascermos, no útero de nossa mãe, ficamos o período gestacional na água do ventre materno, somente isso já seria o suficiente para sermos gratos à água diariamente, afinal, sem ela não existiríamos.

Há muitos momentos em que despachamos a porta. As ocasiões mais comuns são ao acordamos, ao sairmos de casa e ao retornarmos para casa. Mas não são somente nesses momentos. Por exemplo, há determinadas cantigas que retratam um momento de muita turbulência na vida do Òrìsà, podendo despertar sua cólera se entoadas em momentos inoportunos. Nessas situações, o Babalòrìsà ou Ìyálòrìsà, sempre atento, solicita à uma antiga egbon, que jogue água à rua, apaziguando o Òrìsà que foi recordado de um momento adverso em sua vida no Aye.

Em suma, em todos esses momentos, o objetivo é apaziguar. Há uma frase em yorùbá que diz “Somente a Água Fresca Apazigua o Calor da Terra”. Ao acordamos, despachamos a porta, recitando palavras que tem por objetivo, pedir que aquele dia seja de tranqüilidade e de harmonia. Quando estamos saindo de casa, jogamos água à rua, rogando à Èsù Oná (O Senhor dos Caminhos), que aquela água, apazigúe os caminhos que vamos percorrer e que, sobretudo, não nos deparemos com situações que nos exponha a riscos.

Ao entrar na Casa de Candomblé, por exemplo, despachamos a rua, pedindo licença aos Donos da Porteira, reverenciando-os sempre. Em muitas casas de Candomblé a porteira está sempre aberta, isso não significa que não há dono, muito pelo contrário. Nesse aspecto, pedimos licença (Ago) aos Donos da Porteira, mostrando nosso respeito e, pedindo que a água resfrie a terra, até o momento em que, vamos nos purificar por meio do Omi Ero ou Omi Agbo, para poder então, partilhar do convívio no Terreiro de Asè.

Por isso, jamais se esqueçam, apazigúe a terra antes de caminhar sobre ela.

Jogo de Búzios

A agenda de Junho está aberta ! 🔮 Agende seu horário pelo WhatsApp: (71) 99145-3636 📍 Atendimentos com respeito, seriedade ...