segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Xaorô (Sàòró).

São anéis providos de guizos utilizados nos tornozelos pelos Iyawos, com uma dupla função, protegê-los de possíveis forças negativas e manter a mãe criadeira informada sobre o movimentos do recém-nascido para o Orisá. 

Segundo o povo de santo, o xaorô livra o iniciado da morte.

Esses anéis com barulho também são usados nos tornozelos pelas crianças abikús, para afastar os companheiros que tentam vir buscá-los no mundo e lembrar-lhes suas promessas. 

No caso dos abikús, constituem verdadeiros talismãs, preparados pelos babás e iyas para que os membros da sociedade dos abikús, Egbé ará orun, deixem nos em paz.

O Xaorô(guizo), tem simbologia aproximada a do sino, sobretudo pela percepção do som. 

Simboliza o ouvido e aquilo que o ouvido percebe, que é reflexo da vibração primordial. 

A repercussão do Xaorô é o som sutil da revelação. Muitas vezes têm por objetivo fazer perceber o som das leis a serem cumpridas. 

Universalmente, tem um poder de purificação, afasta as influências malignas ou pelo menos, adverte da sua aproximação. 

Sem dúvida, simboliza o apelo divino ao estudo da lei, a obediência à palavra divina, sempre uma comunicação entre o céu e a terra, tendo também o poder de entrar em relação com o mundo subterrâneo.

Todos os Orisás usam o XAORÔ, mais o mesmo pertence a OBALUAIYÊ.

Obaluaiyê gostava muito de passear, saía e esquecia de tudo.

Yemonjá vivia preocupada com seu filho, pois não sabia do paradeiro do mesmo. Para saber por onde Obaluaiyê andava, achando-o facilmente, Yemonjá colocou xaorôs em seu tornozelo.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Adjá, Instrumento Sagrado.

Adjá, Adjarin(ÀÀJÀ EM IORUBÁ) é uma sineta de metal, utilizada pelos sacerdotes do candomblé, durante as festas públicas, acompanhando o toque. Usado também nas oferendas, como a finalidade de chamar os Orisás ou provocar o transe(incorporação).

O objeto pode ser de uma, duas, três e até 4 sinetas e o cabo geralmente é do mesmo material, que pode ser de bronze, metal, dourado ou prateado.

Atualmente existem no mercado muitas variações e se adornam estes com buzios, pedras, miçangas, palha da costa, entre muitos outros enfeites.

É um instrumento sagrado e sem substituição nos rituais do candomblé.

É comum vermos nas rodas de Candomblé, pessoas mais velhas de santo, tocarem esse instrumento enquanto dançam para e com os Orisás.


Seu manuseio, no entanto é vedado aos que ainda são Yawôs, ou seja: Aqueles que ainda não possuem sua obrigação de Sete anos. Também aos não iniciados nos preceitos da religião.

Durante a dança, o instrumento serve para invocar e manter a vibração do Orisá na sala, para que a energia não saia daquele local onde está sendo realizado o candomblé.

Quando se dança com algum Orisá, uma Ekedi ou um Sacerdote, dançam acompanhados desse instrumento para guia-lo durante o ritual.

Já em determinadas situações como rezas e outras obrigações, o Adjá tem a função de chamar nossos Orisás para aquele rito, fazendo com que os mesmos abandonem temporariamente o ORUN(morada), para se manifestarem em seus fillhos.

Também usamos o Adjá para anunciar o inicio de algum ritual ou para chamar atenção das pessoas para algum ato importante.

Com tudo no Candomblé, o Adjá passa pelo processo de imantação e dado a esse que somente pessoas autorizadas podem  toca-lo.

De Esú a Osalá, todos  eles respondem ao chamado desse instrumento litúrgico, bastando que a pessoa saiba como utilizá-lo. Seu som chama a atenção dos Orisás, anunciando que alguma coisa está sendo feita naquela casa.

O Adjá provoca o transe das pessoas, quando tocado acima de suas cabeças, pois no processo de imantação, ele recebe as energias do sacrifício que foi oferecido a determinado Orisá.


Pessoas que ainda não possuem direito de usá-lo, são imediatamente incorporadas por seu Orisá ao pegarem no mesmo.  Nosso zelador utilizou aquele instrumento para chamar nosso Orisá, desde o nosso BORÍ até nossa INICIAÇÃO,  sendo assim, como vamos sair tocando ADJÁ sem termos recebido autorização para o tal?

Vale lembrar que quando recebemos a autorização para manusear esse instrumento, nosso Orisá costuma vir para que seja “QUEBRADA A QUIZILA” e assim, ele possa reconhecer nosso direito.

Usado em cerimônias festivas ou não, o Adjá é de sua importância no Candomblé e se você ainda não está autorizado para fazer uso do mesmo, não faça!

Não pegue e nem utilize, pois as conseqüências podem ser graves.

ASÉ!

domingo, 21 de janeiro de 2018

Você sabia?

VOCÊ SABIA QUE A FAVA ARIDAN, PROTEGE  UMA ROÇA DE CANDOMBLÉ CONTRA FEITIÇOS?

DEVE-SE SEMPRE PENDURAR UMA FAVA NA PORTA DE ENTRADA DE UMA ROÇA, PARA QUE A MESMA AVISE O BABALORISÁ OU A IYÁLORISÁ SOBRE UMA DEMANDA, POIS A ARIDAN BRILHARÁ, AVISANDO QUE ESTÁ COMBATENDO UM MAL.

SE VOCÊ NÃO SABIA, APRENDEU!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Sobre nosso Asé!

Ilè Asé Iyá Omífáláyò

(Casa de Força Onde a Mãe das Águas nos trás e firma Alegria)

O Ilè Asé Iyá Omífáláyò é uma casa de Alaketú, situada em Itinga - Lauro de Freitas, Bahia, cujo zelador espiritual é Rafael Cirne T'Òsún, iniciou sua vida espiritual em 27 de Dezembro de 2009, no Ilê Axé Obá Omim Yamassê, casa de Pai Robson T'Sángò (Itinga - Lauro de Freitas, Bahia), aos19 anos de idade, recebendo em seu Oruncó a Digina de Àbáyòmí.

É um espaço onde se concentra e se condensa o ASÉ. 
Espaço este sagrado e sacralizado onde moram os Òrísás na Terra. 
É uma partícula do Orùm (espaço celestial), no Aiyê (Terra). Pois desde a época das origens de ÒLÓDÚMÁRÈ, este determinou que na terra existissem lugares para os homens se encontrarem com os Òrísás, uma vez que estes não poderiam ir ao Orum, quando bem quizessem. 
Por isso foram criados os Terreiros. 
Um espaço para a oportunidade de encontros "SAGRADOS" com os intermediários de ÒLÓDÚMÁRÈ com os seres Humanos. 

Como todo terreiro, o Ilè Asé Iyá Omífáláyò é um Templo, uma Congregação onde tudo que é profano, isto é, dos homens, não tem valor.

Em nosso Asé impera a vontade, os hábitos e os costumes dos Orixás, como no Orùm, a morada de ÒLÓDÚMÁRÈ e de seus filhos, os Òrísás. 

Em nossa roça de Candomblé, a vida é PLENA: TERRA, ANIMAIS, INSETOS, PLANTAS, PEDRAS, PESSOAS, SOL, CHUVA, RAIOS, VENTOS E TODA A NATUREZA, compoem o seu espaço. 

Nosso Terreiro é a Casa dos Orixás onde os homens habitam, e NUNCA A CASA DOS HOMENS ONDE OS ÒRÍSÁS VISITAM. 

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL RELIGIOSO DO ILÈ ASÉ IYÁ OMÍFÁLÁYÒ.

A vida feliz e próspera, a boa vida, as boas conquistas, a sorte, a saúde, entre outras coisas que almejamos, dependem de um princípio importante: A HARMONIA ENTRE OS DOIS NÍVEIS DE EXISTÊNCIA: O ORÙM E O AIYÊ, resultando num perfeito equilíbrio de energias. Cada iniciado é uma partícula do Aiyê e o seu Òrísá é uma parte do Orum.

Entre eles, o princípio fundamental da Harmonia tem que estar vigorando, caso contrário não há sucesso, não há felicidade e não há ASÉ.

MAS O QUE É O ASÉ?!

É a ENERGIA POSITIVA que só emanda de Òlódúmárè. O Pai, Òlódúmárè é o único gerador do Asé.

Energia vitalizadora e restituidora que dinamiza a vida, isto é, QUE FAZ A VIDA CAMINHAR.

Os Òrísás são detentores de Asé, recebem de Òlódúmárè para compartilharem com nós humanos. 

O ASÉ é a força invisível que proporciona a PAZ E A FELICIDADE.
O ASÉ é a força transformadora de tudo. O ASÉ É TRANSMITIDO AOS FILHOS ATRAVÉS DE PRECEITOS SAGRADOS, OFERENDAS, DOS BANHOS, DOS CÂNTIGOS E DO BOM RELACIONAMENTO ENTRE OS ÒRÍSÁS E SEUS FILHOS. 

Válido é lembrar que o tamanho do seu ASÉ será do mesmo tamanho de sua FÉ.

"O ORÙM TRANSFERE ASÉ PARA O AIYÊ QUANDO E SOMENTE QUANDO AMBOS ESTÃO EM PLENA SINTONIA E HARMONIA."

COMO É O CULTO DE ÒRÍSÁS EM NOSSO ILÈ ASÉ?!

Ser iniciado no culto do Òrísá, implica na OBRIGATORIEDADE de se manter O PRINCÍPIO DA HARMONIA.

Mas como nos harmonizamos com os Orixás?!

Alguns mandamentos já foram revelados, para que O PRINCÍPIO DA HARMONIA seja conseguido: A HUMILDADE, A ASSIDUIDADE, AS OBRIGAÇÕES RIGOROSAMENTE EM DIA, OS BANHOS, OS ORÔS, E OUTRAS COISAS QUE NOSSOS ORIXÁS NOS PEDEM ATRAVÉS DO JOGO DE IFÁ (BÚZIOS).

O espírito de colaboração e de coletividade para que A CASA DO ÒRÍSÁ, O TERREIRO, funcionem ininterruptamente e dessa forma possam cumprir a determinação de Òlódúmárè, que é atender a humanidade, é também uma outra maneira de buscar harmonia.

Para que nosso Terreiro de Asé funcione adequadamente, é preciso a participação de toda a comunidade. Todos os ORIXÁS que moram no Terreiro, atuan dentro de nós, e exigem que participamos do COMPLEXO SISTEMA QUE PERMITE A FUNCIONABILIDADE DE NOSSA CASA DE SANTO. 

Outro pricípio fundamental em nosso Asé é o grande Respeito Hierárquico entre os cargos atribuídos aos filhos de santo, bem como o respeito a Todas as Religiões e Diferenças, inclusive de acordo com a Legislação Federal Vigente. Isso também estabelece a relação Orum/Aiyê.

Caso não haja um bom relacionamento entre Filhos Iniciados e seus Òrísás, um distanciamento entre eles acontecerá. O resultado disso é o Desequilíbrio ou a Perda de Asé.

REFLEXÃO: O QUE O SEU ORIXÁ QUER DE VOCÊ ???

Att,

Bábálòrisá Rafael Cirne T'Òsún.

TOLERÂNCIA ZERO COM FOFOCA.

Entramos em uma religião para nos tornarmos melhores e não para encher nossas vidas de fofocas e confusões.

Tá na hora de entendermos que o Candomblé é uma religião e como toda fé deve ser, respeitada, cultivada e acima de tudo amada nos melhores e piores momentos.

E antes de reclamar ou parar sua vida para falar dos outros, analise bem:

- Osé foi dado?
- Mensalidade em dia?
- Quantas vezes por semana você se dedica ao seu asé?
- Cumpre as restrições alimentares?
- Sabe cantar pelo menos o sirè do seu Orisá?
- Aprendeu fazer um acaçá?
- Sabe qual é a folha do seu santo?
- Já ligou na casa de asé para perguntar se precisam de algo?
- Quantas funções de irmãos que estão iniciado você participou desde que foi iniciado?
- Tem carinho com as coisas do seu Orisá?
- E o principal: O que te levou ao Candomblé?

Responda essas perguntas e no final, com certeza você irá tomar muito mais conta da sua vida do que apontar o próximo.

Aprendi que, fé se orienta, quem ensina de verdade é a VIDA!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Iyá Òsún.

Generosa e digna, Osun é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. 

É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.

Osun é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus orikis, visto com mais atenção, revela o zelo de Osun com seus filhos:

O primeiro filho de Osun chama-se Idé, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Osun devem colocar nos seus braços.Osun não vê defeitos nos seus filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias, e ela só consegue ver seu brilho.É por isso que Osun é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência.Seus filhos, melhor, as suas jóias, são a sua maior riqueza.


Mulheres louvam a fertilidade trazida por Osun, repetindo: Yeye o, yeye o, yeye o. Oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe, oh, graciosa mãe!


Bastante cultuada em Osogbô, é considerada também, a divindade protetora de Abeokuta. Seus devotos frequentemente dedicam-lhe um córrego ou rio, chamando-o de Odô Osun rio de Osun, ao lado do qual colocam o santuário. Chamada mãe das crianças, a ela pertence a fertilidade de homens e mulheres. Todo ano, por ocasião do festival realizado em sua homenagem, mulheres estéreis tomam água de seu santuário esperando retornar no ano seguinte com os filhos por ela concedidos, para agradecerem a graça alcançada.


Osun é a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede, seus peixes que matam a fome e o ouro que eterniza as idéias dos homens nele materializada. 


Como as águas dos rios, a força de Osun vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber as folhas de Osayn, aos animais e plantas de Osossi, esfria o aço forjado por Ogun, lava as feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de Osumarê.


Osun é por isso associada à maternidade, da mesma maneira que Yemonjá. Por sua doçura e feminilidade, por sua extrema voluptuosidade advinda da água, Osun é considerada a deusa do amor. 

Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Osun e também não podemos segura-la em nossas mãos. Assim, Osun é o ardil feminino. A sedução. A deusa que seduziu a todos os Orisás masculinos.


Diz o mito que Osun era a mais bela e amada filha de Osalá. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. Osun era também extremamente curiosa e apaixonada por um dos orisás, quis aprender com Orunmilá, o melhor amigo do seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de Oluô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, Orunmilá, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia a Osun.

Osun então seduziu Esú, que não pode resistir ao encanto de sua beleza e pediu-lhe que roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de Orunmilá. Para assegurar seu empreendimento Osun partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorongás, as perigosas feiticeiras africanas, a fim de pedir também a elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Esú há tempos, não ensinaram Osun a ver o futuro, pois sabiam que Esú já havia roubado os segredos de Orunmilá, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de que cada um deles recebessem sua parte.


Tendo Esú conseguido roubar os segredos de Orunmilá, o deus da adivinhação se viu obrigado a partilhar com Osun os segredos do oráculo e lhe entregou os dezesseis búzios com que até hoje jogam. Osun representa, assim a sabedoria e o poder feminino. Em agradecimento a Esú, Osun deu-lhe a honra de ser o primeiro Orisá a ser louvado no jogo de búzios e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim, Osun é também a força da vidência feminina. Mais tarde Osun encontrou Osossi na mata e apaixonou-se por ele. A água dos rios e as florestas tiveram então um filho chamado Logun-Edé, a criança mais linda, inteligente e rica que já existiu.


Apesar do seu amor por Osossi, numa das longas ausências deste, Osun foi seduzida pela beleza, os presentes (Osun adora presentes) e o poder de Sangô, rompendo sua união com o deus da floresta e da caça. Como Sangô não aceitou Logun-Edé em seu palácio, Osun abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. Osun pretendia abandoná-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de Iansã, a deusa dos raios, que estava por perto. Osun deu então seu filho a Iansã e partiu com Sangô tornando-se, a partir de então, sua esposa predileta e companheira cotidiana.

Características dos filhos de Osun:

Dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objetivos.


Osun é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.


Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.


Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.


Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Osun, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.


O lado espiritual dos filhos de Osun é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Iyalorisás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Osun.

Yè yè ò!


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O uso do MOKAN dentro do Candomblé.


Muitas pessoas me questionam se a finalidade do Mokan é sair puxando e conduzindo o Iyawo e qual a sua finalidade.


E já vi muitas cenas grotescas em que irmãos do próprio ilê asé, cargos entre outros fazerem uso errado do Mokan.


Então, permitam-me esclarecer estas dúvidas aos quais me chegam a todo o momento:

Mokan é um cordão feito de palha da costa trançado, cujo fechos são como duas vassourinhas de palha, onde se tem enfeites com contas do respectivo Orisá do iniciado e por muitas vezes constituem também búzios.


É um colar que é dado no dia da iniciação do iniciado que ele carregará ao seu pescoço junto com os deloguns (fios) e o seu cumprimento vai até o umbigo deste, seguindo os fios de conta.


Seu uso se dará até a sua obrigação de sete anos.


Na hierarquia de um Ilê Asé, todos somos reconhecidos pelos nossos fios de conta e tempo, tempo de iniciação e cargos; não obstante os iyawos são reconhecidos pelo uso do seu Mokan, onde este carrega o poder da Ancestralidade e da Hierarquia.


Enquanto fizer uso deste, estará submetido ao aprendizado, a hierarquia e apresentado aos costumes e deveres de um neófito até o complemento dos seus sete anos.


Sendo assim, é um erro enorme puxar o Iyawo pelo seu Mokan. Este exige respeito tal qual os fios de contas que estes carregam e principalmente ao Orisá que este tem.


Deve-se sempre conduzir o iniciado com cuidado pela sua roupa com a máxima delicadeza , pois este é um bebê e não um cachorro que utilizamos a corrente para guiá-los.


Espero que tenha esclarecido aos questionamentos que me foram feitos.


Se por acaso, algum irmão quiser contribuir e aqui ajudar na explicação agradeço por demais a colaboração e ajuda.


Asé!

Jogo de Búzios

A agenda de Junho está aberta ! 🔮 Agende seu horário pelo WhatsApp: (71) 99145-3636 📍 Atendimentos com respeito, seriedade ...